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terça-feira, 19 de julho de 2011

"CAPITANIAS HEREDITÁRIAS"


"ATIVIDADES - AMÉRICA DO SUL"



"SÓLIDOS GEOMÉTRICOS"

"ÁREA E PERÍMETRO"


"ATIVIDADES DE DIVISÃO"







"Abolição da Escravatura no Brasil"

A escravidão pode ser definida como o sistema de trabalho no qual o indivíduo (o escravo) é propriedade de outro, podendo ser vendido, doado, emprestado, alugado, hipotecado, confiscado. Legalmente, o escravo não tem direitos: não pode possuir ou doar bens e nem iniciar processos judiciais, mas pode ser castigado e punido.
No Brasil, o regime de escravidão vigorou desde os primeiros anos logo após o descobrimento até o dia 13 de maio de 1888, quando a princesa regente Isabel assinou a Lei 3.353, mais conhecida como Lei Áurea, libertando os escravos.
A escravidão é um capítulo da História do Brasil. Embora ela tenha sido abolida há 115 anos, não pode ser apagada e suas conseqüências não podem ser ignoradas. A História nos permite conhecer o passado, compreender o presente e pode ajudar a planejar o futuro.
Durante mais de três séculos a escravidão foi a forma de trabalho predominante na sociedade brasileira. Além disso, o Brasil foi a última nação da América a abolir a escravidão. Num país de 500 anos, um fato que perdurou por 300 anos assume grande importância na formação da sociedade brasileira.
A escravidão no Brasil teve início logo nos primeiros anos de colonização, quando alguns grupos indígenas foram escravizados pelos colonizadores que implantavam os primeiros núcleos de povoamento. Devido a fatores como a crescente resistência dos índios à escravidão, os protestos da Igreja Católica, as doenças que dizimavam a população indígena e o crescimento do tráfico negreiro, pouco a pouco a mão-de-obra escrava indígena foi substituída pela negra.
Os escravos negros eram capturados nas terras onde viviam na África e trazidos à força para a América, em grandes navios, em condições miseráveis e desumanas. Muitos morriam durante a viagem através do oceano Atlântico, vítimas de doenças, de maus tratos e da fome.
O escravo tornou-se a mão-de-obra fundamental nas plantações de cana-de-açúcar, de tabaco e de algodão, nos engenhos, e mais tarde, nas vilas e cidades, nas minas e nas fazendas de gado.
Além de mão-de-obra, o escravo representava riqueza: era uma mercadoria, que, em caso de necessidade, podia ser vendida, alugada, doada e leiloada. O escravo era visto na sociedade colonial também como símbolo do poder e do prestígio dos senhores, cuja importância social era avalizada pelo número de escravos que possuíam.

"Da Africa para o Brasil"

DA ÁFRICA PARA O BRASIL
Na África existiam inúmeros reinos e povos. Diferenças de tradições e costumes originavam, e ainda originam, violentas rivalidades e até terríveis guerras entre esses povos, o que costumava resultar na conquista de terras e na escravização de seus habitantes. As mais variadas diferenças existentes entre eles foram totalmente ignoradas pelos exploradores europeus.
Os grandes grupos eram constituídos por sudaneses (iorubás e minas, entre outros), bantos (ambundos de Angola, congos, benguelas, moçambiques) e povos que praticavam o islamismo (mandingas e haussas, entre outros). Os bantos eram considerados bons agricultores e os minas tinham bons conhecimentos para trabalhar com metais. Os iorubás, que compuseram as últimas levas de escravos trazidos para o Brasil (século XIX), vinham de povoados mais distantes e mais primitivos, ou seja, faziam parte de uma sociedade que não conhecia técnicas mais aprimoradas e que vivia do cultivo da terra voltado para a própria sobrevivência. Essas sociedades desconheciam a escrita e, por esse motivo, transmitiam seus valores oralmente.
Quando algum agricultor enfrentava uma colheita ruim, era forçado a pedir empréstimos, Quando não conseguia saldar sua dívida, geralmente por ter perdido seus bens e sua terra, ele era obrigado a trabalhar para quem havia lhe emprestado o dinheiro.
Eram também comuns casos de escravidão em conseqüência de guerra entre as tribos. Quando uma tribo era derrotada, todo o seu povo tornava-se escravo dos vencedores. Havia ainda casos em que as pessoas eram caçadas para serem vendidas em troca de mercadorias.
A chegada dos europeus ao continente africano trouxe modificações para o modo de vida das pessoas. Os europeus intensificaram o comércio de escravos, aproveitando que a escravidão já era um fato comum entre os próprios nativos africanos.
O INÍCIO DA ESCRAVIDÃO NEGRA NO BRASIL
 Por volta de 1580, oitenta anos após a chegada dos portugueses ao Brasil, os escravos negros começaram a ser trazidos para trabalhar na produção de açúcar. Comprados no continente africano, eles eram vendidos para as fazendas de cana-de-açúcar, especialmente para aquelas que se instalaram no Nordeste, nas terras dos atuais Estados da Bahia e de Pernambuco.
Cerca de 4 milhões de negros foram trazidos para o Brasil como escravos entre os séculos XVI e XIX. Muitos tinham sido reis, princesas ou agricultores em sua tribo de origem. Isso não fazia nenhuma diferença para os vendedores e compradores, principalmente para os senhores de engenho que viviam nas terras brasileiras. Para eles, os negros não passavam de mercadorias a serem negociadas.
Os negros escravizados chegavam após uma viagem de dois meses em navios sem nenhuma condição de higiene, onde eram mal-alimentados e maltratados.
A travessia foi o primeiro momento de resistência, no qual foi preciso sobreviver apesar das terríveis condições de viagem. Alguns escravos, aprisionados em porões de navios, até imaginavam que seriam jogados vivos ao mar.
Os tumbeiros, como eram chamadas essas embarcações, representavam o primeiro desafio para uma luta que só estava começando e que ainda era calada e sufocada pelo medo do desconhecido.
Ao desembarcar, os negros podiam descansar por alguns dias para perder o ar abatido da viagem e, assim, render melhor preço quando vendidos nos mercados de cidades como Salvador e Rio de Janeiro. Os grandes compradores tomavam cuidado para não adquirir escravos vindos da mesma região da África. Assim, os escravos não poderiam comunicar-se em sua língua de origem e teriam menos chances de combinar fugas e rebeliões.
O TRABALHO ESCRAVO NO CANAVIAL
O trabalho escravo teve características diferentes, dependendo do lugar onde aconteceu. Nos engenhos de cana-de-açúcar, por exemplo, a jornada de trabalho podia durar de 15 a 17 horas por dia. Os escravos trabalhavam na lavoura -  onde se faziam o plantio e a colheita da cana -  e no engenho - onde a cana era moída e cozida e o açúcar era branqueado. Além de todos esses afazeres, os escravos tinham também que recoher a lenha para a fornalha e cuidar dos animais da fazenda.
Engenho era o nome dado a toda a propriedade onde se realizava a produção do açúcar, em especial no Brasil da século XVI. O escravo era as mãos e os pés do senhor branco, ou seja, ele participava de todas as etapas da produção do açúcar. Seu dono, o senhor de engenho, vivia na casa-grande da propriedade. Os escravos moravam em senzalas.